quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Fundo do espelho

Veja, no fundo do espelho há um rio!
Refletindo nas águas uma paisagem
Animais ali matando sua sede em cio
A moer, tragando com fome ramagem

O instinto os faz pensar, e eu acredito
Em meio ao verde e o azul são felizes
Se torna a conceito muito mais bonito
Céu, terra, água e ar perfeitas matizes

Em meio aos humanos, são entocados
Tão animal, ainda assim tão inocente
Não sabe da dor, nem mesmo se sente

Serenos orvalhados e com raciocínio 
Sabido que possuem também coração
Seu espelho, cada ação emite reação!


ღRaquel Ordonesღ .
Uberlândia MG 23/09/10

Meu dia de hoje

Meu dia de hoje

Meu dia hoje chama-se Liberdade
Pura e simples, tão branca como a paz
Entoada ao som doce da verdade

Meu dia de hoje chama-se Alegria
Do sorriso inocente da criança
Que de brincadeiras se fartaria

Meu dia hoje chama-se Satisfação
Do faminto saciado
Pela soberba refeição

Meu dia de hoje chama-se Amor
Tão maravilhosamente vivido
E que agora dou adeus, sem rancor

k.chiabotto

A espera

A ESPERA

Rosas reunidas no vaso
A lareira a crepitar
Minha boca a te chamar
Vai sublinhando bem forte
Num lugar que já sonhei.
Dizem que há tempo prá tudo
Há tempo prá te encontrar.

Dois átomos somos nós
da total humanidade
Uma sequência de passos
de uma senda universal.
Um espiral de loucuras...
Nossa hora vai chegar.

Gladis Deble

Pássaros


aves imóveis
planam enfeitiçadas
contra a lua movediça
levam em silêncio
o vazio negro
da cobiça

Bento Calaça

Felicidade

FELICIDADE

No travesseiro aceso tem o lume
Arde a carne e a alma se derrete.
E tudo é só volúpia e sentimento.
De rosas o incenso que se evola
tece a cortina espessa da emoção
e o instinto que percorre meus perfumes
tem um arfar de fogo e de paixão.
Nessa noite sessam todos os cansaços.
Só ficam os fazeres mais devassos...
Sempre que me entrego a essa vontade
me consumo em total felicidade.

Gladis Deble

O trem da vida

O Trem Da Vida

A viagem prometia nunca mais ter retorno
Na verdade parecia ser eterna
No trem da sua vida
Esse comboio que nunca esquecerei

Abrace-me igual aquele dia
A nossa primeira vez
Beijei-lhe naquela ponte
Deixei-lhe naquele trem

No vagão da minha vida
Estação da minha emoção
Partiu sem despedida
Sem ouvir sequer um sim ou um não

Por entre verdes vales, montanhas
Eu posso enxergar com seus olhos
O voo dos pássaros nos lagos
O branco dos campos de algodão
Sinto também o cheiro das flores
O perfume natural de você
Do mundo todos os odores
Que me faziam feliz em lhe ter

De repente vejo seu braço estendido
E um bilhete na palma de sua mão
É a passagem para o trem que retorna
Vem de volta para o meu coração

André Anlub

Escuro

ESCURO

Quando a noite levou-me
em seus meandros
sem subterfúgios,
a segui...
A venda escondeu-me
as armadilhas.
Eu a segui silente
pela mão.
Um frio desconfortável
e insone
percorreu-me
Apesar de escuro
amanheci.

Gladis Deble

Pesadelo

Docemente

Meu ultimo vôo

Meu ultimo vôo

Hoje, serei breve...
Breve como deve ser a frase inesquecível
Breve como é a vida e seus caprichos
Breve como é a imagem mais bonita

Quero resumir a minha vida
Em folhas de papéis que replantei
A semente da poesia que eu amei
Espero apenas, ter brotado n’algum ponto

Quem sabe um coração desavisado...
Atordoado coração sem pulsação
Quem sabe, inspirado uma canção...
Ou provocado um beijo apaixonado

Se ao menos uma delas já foi lida
E fez chorar uma retina que seja...
Já me valeu a vida, e esta mesa
Onde rascunho assim o meu sentir

E se agora eu já busco pouso...
E minha pena já cansada, quer repouso,

Espero com fervor no coração
A emoção mais pura de um leitor
...quem sabe, uma criança!
...um amanhã...

A pena da minha pena já não voa
A toa dorme em paz por sobre a mesa
Fecho o caderno, como ultimo ato.

E os olhos da poesia, marejados
Despedem-se assim, numa centelha.

Márcia Poesia de Sá – 13.09.2010

Fingindo

De volta

DE VOLTA
(Lena Ferreira)

Cartas náuticas, mar aberto
navegando com lente baça
impedindo, grossa fumaça,
de avistar o amor mais perto

Temporal parece o certo
chuva forte o peito abraça
a angústia que perpassa
leva a nau à pique decerto

Mar bravio, um vento forte
sentencia o amor à morte
faz minguar minha energia

Mas o impulso vem do Norte
trazendo a brisa em harmonia
e o amor de volta à poesia

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cai a noite

cai a noite como caem teus olhos
sobre meu corpo a desejar-me nua
entre teus braços, entre tua boca
(k.chiabotto)

Sapato

Linguagem expressiva

Uivante

UIVANTE
(Lena Ferreira)

Loba uivante
em lua tão plena
morna, entorna
embala o vento
contorna palavras
retorna mil versos
em torno da lira

(pira que arde aos pés
do constransgimento)

Daqui, eu de lírio
perfume gostoso
no rosto um sorriso
preciso, com graça
remonto a cena
por não ser sensata

Loba uivante
laçando a lua
com fio de prata
tão cheia, tão nua
de estrela exata
uivando tão crua
verso em cascata
tão brisa, tão sua
uivos-serenata

Escrevendo a mim mesmo

Pingo

Queria

A bailarina

BAILARINA TRISTE

Sinto-me amarrada por fitas
Que me arrastam ao passado
Meu bailado já sem salto
Corre leve na areia

Vôo tosco
Negra teia
Bailarina já sem luz
Céu nublado de lamento...
Corpo todo no vento
Uma lagrima reluz.

Ainda solto essas amarras!
E voarei ao infinito
Para dizer-te ao ouvido
O tanto que te amo em paz

Roçar minha mão em teu rosto
Perfumar teu pensamento
E ai sim, a todo momento
Rodopiar meu bailar...

Como bailarina do vento
Que sempre irá te amar.

Márcia Poesia de Sá

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Exercício coletivo - SONETO LIVRE

TROVART em brilho

Nasceu amado, filho querido
do poeta em seu brilho
Cresceu adulado, absorvido
pelo zelo, laço de fitilho

Nasceu assim, TROVART
impulsionado pela vontade
de espalhar por toda parte
a poesia com toda liberdade

Júbilo de poetas e leitores
Enriquecidos de magia
Exercitando a doce harmonia

Num leito repleto de amores
coberto por um véu de flores
sob a luz brilhante da poesia

Anorkinda, Lena Ferreira e Rui E L Tavares

Exercício coletivo - SONETO LIVRE

RENOVAÇÃO

A ideia de expandir a pura arte
pelos quatro cantos desse mundo
move-nos num sentimento profundo
e contagia artistas de toda parte

A plateia, vertente de emoções
acompanha atenta e aprendiz
curando-se na luz mais feliz
inspiradora nas perfeitas ações

Obras de arte então vão nascendo
parcerias tantas vão se formando
cumplicidade, enfim, à toda prova

Poesia, arte das imagens-letras
viagem mental que soletras
leitor, em vida que se renova

Lena Ferreira e Anorkinda

Exercício coletivo - INDRISO -

FORA DO AQÚÁRIO

Transparente por todos os lados
Aquário é diferente do aquariano
Distinto em seus passos e planos

Transcendentes por todos os poros
aquarianos são tão 'imaginários'
são criaturas de LUZ, tão humanos


Ocultos, por todos os lados, diferentes do aquário
Aquarianos tem certeza no seu itinerário

Axills e Lena Ferreira